Estéticas das Viagens
Estéticas das Viagens
De 21 a 30 de junho de 2021
Brasília/DF
Comissão Organizadora
Comissão Docente
Carla M. Damião (FAFIL-PPGFIL-PPGACV/UFG)
Miguel Gally (FAU/UNB – Coordenação Geral)
Rita Márcia Magalhães Furtado (FE/UFG)
Tiago Quiroga (FAC/UNB)

Comissão Pós-graduandos e Grupo de Pesquisa Ambiente 33/CNPq
Arthur Gomes (FAU/UnB)
Cícero Castro (Pesquisador Independente)
Jorge Oliveira (FAU/UnB)
Maria Eugênia Matricardi (IdA/UnB e SE/GDF)
Marina Sabioni (FAC/UnB)
Pedro O. Braule (FAU/UnB)
Rosemary F. Lopes (FAC/UnB)
Pilar Sanches (Pesquisadora Independente)
Tatiana Castro (FAC/UnB)
Tiago Mendes Filgueiras (FAU/UnB)
Virgínia Manfrinato (FAU/UnB)
Viviane Rocha (FAC/UnB)
Yanet C. Arqüelles (FAC/UnB)

Comissão de Curadoria da Exposição do Evento
Arthur Gomes (FAU/UnB)
Maria Eugênia Matricardi (IdA/UnB e SE/GDF) – Coordenação Geral
Maurício Panella (Instituto Casa D’Água -RN/UFRN) – Consultor
Virgínia Manfrinato (FAU/UnB)

Comissão Científica
Carla M. Damião (FAFIL/UFG)
Carlos Henrique Magalhães (FAU/UNB)
Eduardo Jesus (FAFICH/UFMG)
Karina Dias (Ida/UNB)
Márcio Penna Corte Real (FE/UFG)
Maurício Panella (Instituto Casa D’Água -RN/UFRN)
Marcelo Mari (IdA/UnB)
Priscila Ruffioni (DEFIL/UNB)
Rita Márcia Magalhães Furtado (FE/UFG)
Tiago Quiroga (FAC/UNB)

Apresentação

O IV Colóquio Internacional Estéticas no Centro – Estéticas das viagens pretende explorar os sentimentos e experiências vinculadas aos deslocamentos espaciais e seus impactos para o conhecimento, para a formação de culturas e para a compreensão do que é e quantas humanidades somos na medida em que, historicamente, foram as grandes viagens por terra ou água que fomentaram a criação de novas culturas e aproximaram povos tão distintos e distantes. Partindo dessa importância fundamental das viagens, pretende-se reunir esforços interdisciplinares para uma investigação das experiências multissensoriais que as viagens proporcionam ou que lhe são atribuídas nas mais variadas formas pedagógicas, de artes, de registros e dentro do universo da comunicação. A importância desse acervo artístico e documental para as ciências humanas passa a ser decisivo quando sua comercialização ganha contornos industriais. Por outro lado, são hoje as grandes migrações e expatriações igualmente concebidas como viagens, temas não raros de uma vasta produção crítica das artes e do ativismo político, explorando as experiências que as (i)migrações implicam como fundamentais para uma adesão solidária de todos nós ao combate de tantos sofrimentos. No universo tecnológico, essas questões éticas implícitas nas experiências estéticas das viagens surgem de modo igualmente contundente quando se tematiza, por exemplo, as viagens não tripuladas feitas por drones, aeronaves teleguiadas e operadas por algoritmos. Tais viagens geram uma quantidade gigantesca de imagens e dados que se tornaram humanamente impossíveis de serem experimentadas uma a uma, mas que cujo banco de dados se torna fonte de evidências para processos jurídicos e base contra a corrente emergente das “verdades alternativas” (ou pós-verdade). Pensar de maneira ampliada o sentido das viagens e as obras de arte que a investigam e exploram por linguagens diversas, requer inevitavelmente a estética, porque as viagens não são apenas acontecimentos e fatos. Esse é o principal pressuposto teórico dessa proposta, porque, para além dos fatos, as viagens se projetam como experiência ou como ficção, contadas com imagens, falas, olhares, relatos escritos, cheiros e texturas, tornando-se filmes, performances, literatura, instalações, arquitetura, escultura, poemas, músicas e tantas outras formas de arte, expondo e reconcebendo o mundo que habitamos e, em não poucas vezes, mostrando-o para nós de forma inovadora